Um desligamento não começa no dia da demissão. Ele começa muito antes — na ausência de conversas honestas.
Desligar um colaborador é, sem dúvida, uma das tarefas mais desafiadoras para qualquer gestor. Mas quando esse momento chega, uma coisa é certa: quando o assunto é performance e entrega, o desligamento não deve ser uma surpresa para quem está sendo desligado.
Se um profissional se surpreende ao ser demitido, algo falhou ao longo do caminho. E essa falha geralmente está relacionada à ausência de feedbacks claros, conversas francas e oportunidades reais de desenvolvimento. Um líder comprometido não deve apenas apontar erros, mas criar pontes para o crescimento — oferecendo suporte, orientação e tempo hábil para que o colaborador possa evoluir.
O papel do gestor: preparar, não punir
O desligamento deve ser o último passo de um processo bem conduzido. Antes disso, é responsabilidade do gestor:
- Oferecer feedbacks constantes, com foco em comportamento e resultados.
- Registrar e acompanhar planos de desenvolvimento, quando houver lacunas de desempenho.
- Escutar ativamente o colaborador, entendendo possíveis causas e contextos por trás da performance.
- Abrir espaço para melhorias reais, deixando claro o que é esperado e os prazos para mudança.
Esse processo evita injustiças, constrói um ambiente de confiança e respeita a dignidade de quem está na jornada profissional com a empresa.
Como conduzir um desligamento de forma humanizada?
Ainda assim, haverá momentos em que o desligamento será inevitável. Nestes casos, alguns cuidados fazem toda a diferença:
- Seja direto, mas empático: evite rodeios, mas mantenha um tom respeitoso e acolhedor.
- Reconheça a trajetória da pessoa na empresa: valorize o que foi construído, mesmo diante de uma decisão difícil.
- Explique os motivos com clareza e verdade: a honestidade fortalece a confiança, mesmo em momentos delicados.
- Esteja preparado para escutar: permita que o colaborador fale, expresse emoções e faça perguntas.
- Cuide da transição com respeito: oriente o colaborador sobre os próximos passos, esclareça prazos e processos com transparência, e, sempre que possível, ofereça apoio — seja por meio de uma carta de recomendação, indicação para novas oportunidades ou escuta empática. Pequenos gestos fazem grande diferença na forma como esse ciclo se encerra.
A liderança tem um papel essencial
Na Escola Catalise!, acreditamos que a liderança é protagonista também nesses momentos difíceis. Uma cultura organizacional saudável se constrói com responsabilidade, coragem e respeito — inclusive quando é preciso tomar decisões duras.
Desenvolver líderes conscientes, preparados para dar feedbacks, formar talentos e lidar com situações sensíveis como o desligamento é parte do nosso propósito.
Se sua organização busca preparar suas lideranças para agirem com empatia, assertividade e visão de futuro, conte com a Catalise!. Estamos aqui para apoiar a evolução humana e profissional nas empresas.