Recentemente fiz uma mudança de carreira, após 18 anos atuando em posições de liderança na área de Recursos Humanos em empresas de diferentes segmentos, deixei o mundo corporativo para empreender. No início o frio na barriga foi inevitável, afinal estava abrindo mão da minha segurança, daquilo que era totalmente conhecido por mim, para explorar novas possibilidades!
Mesmo dentro das organizações pelas quais passei, já tinha uma mentalidade empreendedora, sempre fui reconhecida pela capacidade de realizar coisas, de pegar uma página em branco e iniciar um novo projeto do zero, começar uma nova área, criar uma nova forma de atuar. Nos feedbacks que recebia dos meus gestores ou mesmo de pares, como reconhecimento em comum, a atitude propositiva ao buscar soluções, a resiliência frente aos obstáculos e a visão positiva do futuro, estavam entre as minhas principais fortalezas. Quando eu acredito em algo, eu acredito mesmo, e pra desistir, ahhhh pra desistir meus amigos, tenho que ter esgotado todas as possibilidades, aliás estou pensando aqui, neste instante, e não me lembro quando desisti de algo! Rsrsrsrs
E foi ao empreender fora do mundo corporativo que percebi o quanto eu já tinha uma mentalidade empreendedora, e o quanto ela é importante para se ter sucesso dentro das organizações. Mas chega de “puxar sardinha” pro meu lado, conto aqui este pedacinho da minha história para te provocar a refletir sobre a relação entre mentalidade empreendedora, protagonismo e liderança bem-sucedida.
O empreendedorismo está intrinsecamente ligado à mentalidade proativa. Líderes com mentalidade empreendedora não esperam por oportunidades, eles as criam, eles constroem o próprio futuro. A atitude protagonista é a espinha dorsal para o intraempreendedorismo. Líderes que se vitimizam ou que não se responsabilizam por suas decisões, dificilmente serão engajadores e inspirarão suas equipes a buscar resultados extraordinários. Esta história de quando tudo vai bem é porque o líder é excelente e quando as coisas não funcionam, a equipe é que não serve, não “cola”. Como diria um líder que eu admiro muito: “não existem equipes ruins, existem líderes que não engajam!” A atitude de dono é uma característica dos protagonistas e envolve tomar para si, o desafio de desenvolver uma equipe de sucesso.
Posso dizer que, profissionalmente, estou em estado de Flow, pois os desafios que me estão sendo apresentados ao empreender, estão conectados com meus talentos, gerando frio na barriga, mas com a clareza de que tenho as ferramentas/competências necessárias para encará-los! E quando paro para pensar em outros momentos em que já estive em estado de Flow, relaciono sempre com as páginas em branco, com as situações em que me foi permitido buscar soluções com autonomia e atitude de dona! E que os obstáculos foram vistos como oportunidade de melhorar, de buscar um caminho mais efetivo e ajustar a rota!
Organizações prósperas e bem-sucedidas, valorizam líderes que possuem visão clara e positiva do futuro, que possuem clareza do seu propósito e conectam com os objetivos da organização. As organizações estão à procura de líderes que buscam superar dificuldades com resiliência de DONO, porém com flexibilidade para ajustar a rota se for necessário, sem vaidades ou teimosias. Líderes de sucesso não inventam a roda, mas utilizam sua experiência e seus conhecimentos para trazer identidade para os modelos já conhecidos, identidade esta, que traduz a cultura da organização e torna o serviço, o produto, o projeto, únicos.
A boa notícia é que a mentalidade empreendedora e a atitude protagonista podem ser despertadas e desenvolvidas, e que você só precisa se conhecer melhor, traçar o caminho de liderança que deseja seguir, e definir quais as “pegadas” que vai deixar nesta jornada!