Nesta semana especial das mulheres, gostaria de compartilhar uma reflexão inspiradora sobre uma sensação que impacta milhões de mulheres em todo o mundo: a Síndrome da Impostora.
Embora não seja exclusiva do universo feminino, é surpreendente que 75% das mulheres executivas já tenham experimentado essa síndrome em algum momento de suas carreiras (Fonte: KPMG). Essa experiência, no entanto, não faz distinção de idade, área de atuação ou personalidade, podendo afetar a todas.
Vamos desmistificar essa síndrome que, vale ressaltar, não é uma patologia, mas uma percepção construída ao longo da vida, especialmente no âmbito profissional. Pense sobre o termo “impostora” – aquela que engana, mente, trapaceia. No contexto corporativo, quem vivencia essa síndrome não se sente suficientemente competente para ocupar determinado espaço.
Ampliando essa reflexão para diversas áreas de nossa vida, percebo que essa dúvida é comum a todas nós. Eu mesma, que ouso escrever aqui sobre isso, questiono constantemente minha competência – seja como empreendedora, mãe, esposa, e nas tarefas domésticas… Estes questionamentos me ocorrem desde em situações corriqueiras do meu dia, mas principalmente este pensamento me invade em situações mais desafiadoras, como por exemplo, ao facilitar treinamentos para executivos e profissionais seniores. E acreditem, isso faz parte do percurso de todas. O que não pode, é deixar esses pensamentos te dominarem.
O alerta aqui é ter em mente que a autocobrança e a adoção de uma régua alta para o seu desempenho podem ser ótimas estratégias para melhorar suas entregas e te fazer evoluir, mas tudo tem um limite. Experimente fazer as seguintes reflexões quando sentir que a “impostora” está tomando conta de você:
- Autocobrança: Não é necessário que tudo esteja perfeito o tempo todo para nos sentirmos merecedoras. Tente prestar mais atenção nos feedbacks que você recebe, faz sentido achar que não é boa o suficiente? Pratique esta escuta!
- Identifique se a procrastinação está presente, pois adiar tarefas é uma prática comum entre as mulheres que enfrentam a Síndrome da Impostora. Não espere, tire da frente as tarefas que não te estimulam tanto! Comece já e acredite: a coisa anda!
- A centralização demasiada das atividades também é um sintoma importante da Síndrome da Impostora, então permita-se delegar, e principalmente abrir mão daquilo que não é relevante naquele momento.
- Deixe de se comparar com os outros, principalmente com as outras. Já ouviu falar que “a grama do vizinho parece sempre mais verdinha”? Pois é, cada uma sabe “onde aperta o calo” e ao olhar aquela grama, talvez você não consiga enxergar as escolhas e renúncias por trás das aparências. Inspirar-se em quem admiramos é importante, nos movimenta para algo melhor, mas cada uma tem sua história e seus valores de vida, o significado de sucesso não é o mesmo para todas nós! Mais que isso, precisamos deixar de acreditar que todas merecem o sucesso, exceto nós.
Chegou a hora de focar menos na comparação entre os nossos bastidores e o palco alheio. É momento de subir no nosso palco da vida e aceitar os merecidos aplausos.
Feliz Dia das Mulheres!