Virei líder, e agora?
A primeira liderança é considerada a mais complexa na vida de um líder, e pode ser ainda mais difícil quando o profissional é jovem e tem pouca experiência profissional.
Quando alguém assume pela primeira vez o papel de líder, provavelmente desempenhou de forma positiva sua função anterior e teve uma boa avaliação. Porém, avaliar o histórico de um colaborador não traz a certeza se ele pode se destacar em coisas que nunca fez antes, como por exemplo liderar pessoas. Muito provavelmente, estas pessoas vão espelhar sua liderança nos exemplos que tiveram em sua própria vida, sejam eles para o bem ou não.
Um artigo da Harvard Business Review traz um estudo dos autores James Intagliata, Jennifer Sturman e Stephen Kincaid que mostra um modelo para prever o potencial de liderança baseado não em conquistas, mas em comportamentos observáveis e mensuráveis.
Este estudo traz 3 critérios para a avaliação destes talentos:
1- capacidade de aprendizagem (Quociente cognitivo (CQ)),
2-motivação (Quociente de acionamento (DQ))
3- relacionamento (Quociente emocional (EQ)).
Mais uma vez, fica evidente que os “soft skills” ou “Power Skills” superam as habilidades técnicas para levar um profissional ao próximo nível.
Saber reconhecer essas habilidades e aplicá-las no momento certo é o que chamará a atenção para o seu potencial.
Quando falamos em habilidade de aprendizagem, estamos falando de algo que deve ser feito desde a primeira experiência profissional. O que hoje em dia se chama “Aprendizado contínuo”.
Uma dica aqui é participar de reuniões com líderes seniores para observar e obter uma perspectiva mais ampla sobre o negócio. O networking também é muito importante, além de participar de feiras, eventos, ler artigos que mostrem o que está acontecendo no seu segmento … isso te prepara para futuras demandas, além de te ajudar a olhar os problemas por novas perspectivas.
Muitos acreditam que a motivação (ou Quociente de acionamento (DQ), como chamam os autores) é intrínseca, porém para a Escola Catalise! ela pode sim ser desenvolvida e aprimorada. Que tal participar de grupos multifuncionais da empresa, para entender como ela funciona como um todo? Ampliar a visão pode te trazer mais motivação, e até mesmo mostrar novos caminhos.
Quanto ao relacionamento (Quociente emocional (EQ)), exponha-se. Taí algo pelo qual devemos ser treinados desde bebês. Interação. Saia do seu círculo de amizade, da sua zona de conforto. Vá almoçar com outros colegas, conheça e se interesse genuinamente por outras histórias.
Até agora falamos do ponto de vista da empresa. Mas e para os novos líderes, quais são os desafios na visão deles? A Faculdade de Economia e Finanças do Ibmec fez um estudo sobre “Os Desafios da Primeira Gestão” que elencam alguns pontos, tais como:
- Gerenciar a si mesmo – a nova função traz ansiedade, insegurança e necessidade de mais organização, uma vez que o volume de trabalho aumenta.
- Gerenciar os outros – Obter reconhecimento da cadeira, fornecer feedback da forma correta, saber cobrar e delegar.
Este processo de transição para a primeira liderança pode e deve ser mais sustentável, tanto para a organização quanto para os profissionais.
Não basta promover alguém e fazer uma bela comunicação para toda a empresa, é necessário elaborar rituais de alinhamento, acolhimento e acompanhamento, além de fornecer as ferramentas necessárias (treinamentos) para o desempenho das atividades da nova liderança.
Sabemos que essa transição nem sempre é confortável para os líderes de primeira viagem, uma realidade pode impactar decisivamente nos resultados da organização.
E nós da Escola Catalise! estamos aqui para te ajudar!
Conheça nosso programa para desenvolvimento de novos líderes, e se surpreenda com o potencial que você tem dentro de casa!